domingo, 17 de janeiro de 2010

Pantaneiro é atacado por uma onça-pintada e sobrevive

terça-feira, 5 de agosto de 2008



"Se eu caísse, estaria morto numa hora dessas", comenta pantaneiro.

Nelson Urt / Diário Corumbaense
Diário Corumbaense

O pantaneiro Gregório Costa Soares, de 65 anos, lutou com todas as forças, quase perdeu a vista esquerda, levou mais de 20 pontos no rosto e nos dois braços, mas escapou com vida ao ataque de uma onça-pintada, salvo por quatro dos seus cães vira-latas.

“Quando olhei a onça já estava a trinta metros de mim, com os cachorros em cima. São cachorros campeiros, vira-latas, que saem comigo direto, são acostumados a caçar”, conta.

Na segunda-feira, ele deu entrada no Hospital de Caridade, depois de viajar mais de três horas - de cavalo, de voadeira e de bote, até chegar a Corumbá, onde recebeu atendimento.

“Se eu caísse, estaria morto numa hora dessas, mas tive forças para me manter em pé e segurar a fera. As garras dela passaram perto do meu olho e tive tempo de desviar”, revelou Gregório ao Diário Corumbaense, no hospital.

Ele conta que a onça-pintada devora um bezerro a cada 20 dias na sua fazenda no Paiaguás. Nessa época do ano, com a cheia do Pantanal, é obrigado a mudar de casa, mais acima, na parte seca. E foi lá que encontrou a onça-pintada, que havia acabado de devorar uma porca. “A porca tinha recém dado cria a um punhado de leitãozinhos”, contou Olímpia, a esposa dele.

Olímpia estava orgulhosa pela coragem e força do marido, que aos 65 anos resistiu ao ataque da onça-pintada e ainda teve energia para galopar até o porto e pilotar uma voadeira. “E olha que o Gregório estava com o rosto todo ensangüentado”, observou.

O pantaneiro diz que não sabe mais o que fazer diante dos ataques de onças-pintadas, porque sabe que existe uma legislação do Ibama proibindo a matança do animal. “Antigamente eu tinha uma 22, mas só dei um tiro com ela e extraviou, nem sei onde foi parar.É complicado tirar porte de arma, mesmo assim você sai no campo sem documento da arma, encontra uma autoridade, e pode ter complicação. Além do mais, é proibido matar onça”, diz.

Pai de nove filhos, sete já casados, ele vive na fazenda ao lado da esposa, Olímpia, de 66 anos, de um dos filhos e de um genro. Hoje ele pode ter alta.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Corumbá-MS lança mega operação para evitar nova epidemia



Edivaldo Bitencourt

O município de Corumbá lançou uma mega operação para evitar nova epidemia de dengue neste verão. NO ano passado, a cidade contabilizou 7,5 mil casos, sendo que o pico ocorreu em março, com 2.523 notificações, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

Nesta quarta-feira, foi lançada a operação de combate ao mosquito transmissor da doença, que terá a participação da prefeitura, da Marinha, do Exército, de empresas e de projetos, como PrevFogo, Projovem Trabalhador e da limpeza pública.

O projeto foi apresentado pela médica veterinária Viviane Ametlla, gerente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde Pública. Para evitar nova epidemia, ela solicitou aos agentes de endemias e de saúde, bem como aos voluntários, empenho no sentido de eliminar os focos da doença e também a busca incessante da conscientização da população sobre a necessidade de manter seus quintas limpos, livres de focos.

Durante a explanação, Viviane lembrou o último pico da doença, ocorrido em março de 2009, com 2.523 notificações. "Nosso trabalho será evitar isso. Tudo deve ser feito para minimizar o problema", disse, lembrando que a cidade fechou o ano com 65 casos em dezembro e iniciou 2010 com oito notificações apenas nos primeiros quatro dias do ano.

Conforme a gerente, durante os próximos três meses, além de trabalho de rotina e limpeza de terrenos baldios e de difícil acesso, serão desenvolvidas ações padronizadas na cidade, com base no Plano Nacional de Combate à Dengue. Mais do que prevenção e combate, a meta é despertar a consciência da população quanto à necessidade de manter a cidade limpa, livre de reservatórios inservíveis que, no período de chuvas, tendem a servir de depósitos propícios à proliferação do Aedes aegypti.

A ação especial foi lançada nesta quarta-feira no Centro de Convenções do Pantanal Miguel Gómez, com a presença dos prefeitos de Corumbá, Ruiter Cunha de Oliveira, e de Ladário, José Antônio Assad e Faria (ambos do PT).

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Corumbá liderou ranking de queimadas no ano passado



Fonte:

William Franco

Corumbá fechou 2009 contabilizando mais de 10 mil focos de queimadas, aponta monitoramento da Divisão de Satélites e Sistemas Ambientais do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Entre os dias 1º de janeiro e 31 de dezembro, os quatorze satélites do INPE identificaram exatos 10.592 focos de incêndios florestais no município. Num longínquo segundo lugar ficou Porto Murtinho com 1.562 focos. Ao longo do ano, Mato Grosso do Sul teve 16.719 focos de queimada.

Restringindo o levantamento apenas ao satélite NOAA-15, Corumbá teve 2.046 focos de queimadas de janeiro a dezembro. Considerando o levantamento feito por apenas este satélite, o Estado contabilizou 2.995 pontos de incêndio florestal no ano passado.

Em maio, os incêndios florestais consumiram cerca de 60 mil hectares de área verde no Pantanal de Corumbá. Por conta disso, uma Força-Tarefa – composta por cerca de 40 homens do Corpo de Bombeiros; Polícia Militar Ambiental (PMA); Prevfogo e Prefeitura de Corumbá – fez o trabalho de combate às chamas. A operação contou com apoio de um helicóptero do Ibama. A aeronave fazia o ataque aéreo do fogo lançando 550 litros de água para resfriar o solo.

Cada satélite produz pelo menos um conjunto de imagens por dia. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais processa mais de 100 imagens por dia especificamente para detectar focos de queima da vegetação.

Para os satélites de órbita polar (NOAAs a 800 km de distância, e TERRA e AQUA a 730 km), os trabalhos de validação de campo indicam que uma frente de fogo com cerca de 30 m de extensão por 1 m de largura, ou maior, será detectada. Para os geoestacionários, a 25 mil km de distância, a frente precisa ter o dobro de tamanho para ser localizada.